terça-feira, 8 de outubro de 2024

Dom Casmurro de Machado de Assis

 Começamos as atividades do ano letivo 2024-25 com uma obra que tinha sido selecionada para o ano letivo passado: Dom Casmurro de Machado de Assis.


Publicado pela primeira vez em em 1899 pela Livraria Garnier.

Esta é presumivelmente a autobiografia de Bento de Albuquerque Santiago, que morava na rua de Matacavalos (Rio de Janeiro), com sua mãe viúva dona Glória, a prima Justina, o tio Cosme e o agregado José Dias. Na casa ao lado, vivia Capitolina (Capitu), filha de Pádua e Fortunata. 
Resumo:
Dom Casmurro conta a história de Bento Santiago (Bentinho), apelidado de Dom Casmurro por ser calado e introvertido. Em adolescente apaixona-se por Capítu, abandonando o seminário e, com ele, os desígnios traçados por sua mãe, Dona Glória, para que se tornasse padre. Casam-se e tudo corre bem, até o amor se tornar ciúme e desconfiança. É esta a grande questão que magistralmente Dom Casmurro expõe ao longo de 148 capítulos: a dúvida que paira ao longo de toda a obra sobre a possibilidade de traição de Capítu, agravada pela extraordinária semelhança do filho de ambos, Ezequiel, com o grande amigo de Bentinho, Escobar.

Dom Casmurro é, provavelmente, um dos mais importantes livros da literatura em língua portuguesa, e um dos mais traduzidos em todo o mundo

Machado de Assis é filho de pai mulato carioca e mãe açoriana. O escritor brasileiro nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Autodidata e ambicioso, tornou-se um clássico da língua portuguesa. Os primeiros poemas foram publicados na imprensa, seguindo-se-lhes crónicas, contos, romances e ensaios críticos. O seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, foi publicado em 1864 e o seu primeiro romance, Ressurreição, em 1872. Iniciando a sua atividade literária em pleno Romantismo, tornou-se o autor mais importante da nova estética do Realismo e foi ainda contemporâneo do Parnasianismo e do Simbolismo. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) corresponde à fase do Realismo psicológico, em que o autor vai mostrar a ambiguidade fundamental do ser humano, a incapacidade humana de conhecimento do real, substituindo-o, assim, por uma mistificação. Esta demonstração é muito mais subtil do que a análise dos meros mecanismos hereditários e sociais próprios do Naturalismo. Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacob (1904) e Memorial de Aires (1908), são as obras-primas deste período. Por elas perpassa uma trágica ironia a par com uma visão sem ilusões da sociedade urbana carioca.

https://www.wook.pt/livro/dom-casmurro-machado-de-assis/1461190?srsltid=AfmBOopE5R_Gg1h7ZZcQ4E5kNpPGqvkRDS0bE8VxmP0sndgRy23utKkT


A grande questão a explorar durante a leitura:

Por que razão Bentinho, protagonista do romance realista Dom Casmurro, de Machado de Assis, não conseguiu “atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”?

segunda-feira, 13 de maio de 2024

O Quarto de Jacob de Virginia Woolf

 O Quarto de Jacob de Virginia Woolf



A história de Jacob Flanders começa quando, ainda rapazinho, o encontramos a brincar na praia. Já adulto, seguimo-lo em Cambridge, conversando sobre filosofia e literatura com os amigos. Vimo-lo depois a participar numa festa em Londres e a ler Marlowe no Museu Britânico.

Apercebemo-nos da sua presença da mesma forma que ele se apercebe da imagem de Florinda de braço dado com outro homem. A sua imagem surge-nos então em Atenas, visitando a Acrópole, na companhia de uma mulher muito bela, Jacob tem 26 anos e está-se na véspera da primeira guerra mundial.

O quarto de Jacob é a obra que marca o início da fama e maturidade de Virginia Woolf. (https://www.wook.pt/livro/o-quarto-de-jacob-virginia-woolf/67515)


Data do romance: 1922

Inovação narrativa: corrente de consciência (um novo realismo que não se baseia apenas na descrição ou mundo das aparências; pontos de vista alternados

Sobre Jacob ou sobre como as outras personagens vêem Jacob? sobre a sua reputação?


terça-feira, 9 de abril de 2024

A Morte e o Pinguim de Andrei Kurkov

 A Morte e o Pinguim, de Andrei Kurkov


Uma notícia em The Guardian sobre o autor e outra sobre o livro. a simplicidade de uma narrativa infantil sobre a corrupção política da Ucrânia e a mafia.

terça-feira, 19 de março de 2024

Os Anos, de Annie Ernaux

 Os Anos, de Annie Ernaux



Uma primeira abordagem à autora e ao livro. 

A ideia de Annie Ernaux era escrever uma autobiografia impessoal para que seus anos não desaparecessem...

Para quem tem acesso ao jornal Expresso, leia aqui. "É como se as recordações individuais emitissem “sinais específicos” que as ligam aos “marcadores de época” e à experiência colectiva. Como se fôssemos, mas não possuíssemos, a nossa circunstância. Isso explica, aliás, a epígrafe de Ortega y Gasset: “A única história que temos é a nossa, e ela não nos pertence.”


domingo, 18 de fevereiro de 2024

A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera

 A Insustentável Leveza do Ser
por Milan Kundera



A Biblioteca da Meia Noite de Matt Haig

 A Biblioteca da Meia Noite
por Matt Haig


Prémio Goodreads para Melhor Livro de Ficção
Finalista dos British Book Awards para Melhor Livro de Ficção


domingo, 15 de outubro de 2023

Mieko KAWAKAMI, Seios e Óvulos

 Mieko KAWAKAMI, Seios e Óvulos

Começamos o ano letivo 2023/2024 com um romance de cujo título instintivamente nos afastamos, mas que promete ser uma viagem cultural e uma indagação humana sobre o papel das mulheres na sociedade.

Em entrevista, Kawakami afirmou que nunca pensou neste romance como um romance feminista. É um romance sobre a experiência humana das mulheres e sobre ética reprodutiva.


Link para Guardian. E para um artigo sociológico.

Sobre a autora

Mieko Kawakami

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Mieko Kawakami (川上未映子, born in August 29, 1976) is a Japanese singer and writer from Osaka.

She was awarded the 138th Akutagawa Prize for promising new writers of serious fiction (2007) for her novel Chichi to Ran (乳と卵) (Breasts and Eggs).

Kawakami has released three albums and three singles as a singer.