quarta-feira, 11 de março de 2020

Olga Tokarczuk, Conduz o Teu Arado sobre os Ossos dos Mortos


"Conduz o Teu Arado sobre os Ossos dos Mortos", de Olga Tokarczuk, é um "thriller" policial bucólico, com toques de contos de fadas sombrios, sobre como a Natureza se pode vingar da humanidade. in https://observador.pt/2019/11/24/olga-tokarczuk-salvar-o-planeta-um-cadaver-de-cada-vez/



“Ela é uma das melhores escritoras do mundo de quem nunca se ouviu falar”. Foi assim que a revista de literatura britânica The Bookseller apresentou a polaca  Olga Tokarczuk no ano passado, quando ela ganhou o Man Booker Prize." in https://veja.abril.com.br/entretenimento/nobel-da-literatura-3-livros-para-conhecer-a-obra-de-olga-tokarczuk/


Soube que venci o Prémio Nobel nas circunstâncias mais estranhas – na autoestrada, algures ‘a meio’, num lugar sem nome”, começa por dizer Olga Tokarczuk. “Não consigo pensar numa metáfora melhor para descrever o mundo em que vivemos. Atualmente, nós os escritores confrontamo-nos com desafios cada vez mais improváveis e, no entanto, a literatura é uma arte de movimento lento – o longo processo de escrita torna difícil apanhar o mundo ‘em flagrante’. Muitas vezes questiono se é sequer possível descrever o mundo, ou se já somos demasiado impotentes perante a sua forma cada vez mais fluída, a dissolução de pontos fixos e o desaparecimento de valores.” Perante este contexto, a sua crença, porém, não diminuiu. “Acredito numa literatura capaz de unir as pessoas e mostrar o quão semelhantes somos, que nos torna conscientes do facto de estarmos ligados por fios invisíveis. Que conta a história do mundo como se este fosse um todo vivo e uno, desenvolvendo-se de forma constante à frente dos nossos olhos, e no qual nós temos um pequeno, mas poderoso papel.” https://visao.sapo.pt/jornaldeletras/letras/2019-11-11-olga-tokarczuk-original-e-combativa/

Michel Houellebecq, Serotonina

Serotonina de Michel Houellebecq é a nossa primeira incursão no romance francês por escritor niilista





"Sérotonine narra, de forma introspectiva-retrospectiva, a vida pouco gloriosa de um engenheiro agrónomo de 46 anos, fazendo-nos andar num vaivém incessante na existência, que ele qualifica de “desmoronar flácido e doloroso”, deste homem branco, um pouco azedo, bastante à vontade financeiramente, obcecado pela sua virilidade, perturbado por uma homofobia primária e racismo, francamente grosseiro com as mulheres, que trata num registo perfeitamente houellebecquiano." in https://www.publico.pt/2019/01/08/culturaipsilon/critica/moderno-antiga-1857024