Pela primeira vez houve quem se recusasse a ler um português tão pouco canónico, o que é saudável num Clube de Leitura. O que significará uma recusa tão visceral de leitura por quem ama ler?
Hermann Hesse poderá ajudar à compreensão da “recusa visceral”: “e se, lendo, eu próprio não sinto vontade de participar e de colaborar com atenção no processo criativo e cognitivo, quer dizer que sou um mau leitor. Pode ser que ofender deste modo a poesia ou o romance que estou a ler me deixe indiferente; mas esta minha má forma de ler ofende-me, antes de mais nada, a mim próprio. Consumo o meu tempo em qualquer coisa sem valor, aplico a minha faculdade visual e a minha atenção em objectos que não me importam nada e que penso, de antemão, acabar por esquecer, canso o meu cérebro com impressões que não me servem para nada e que eu não consigo, sequer, assimilar”.
Hermann Hesse poderá ajudar à compreensão da “recusa visceral”: “e se, lendo, eu próprio não sinto vontade de participar e de colaborar com atenção no processo criativo e cognitivo, quer dizer que sou um mau leitor. Pode ser que ofender deste modo a poesia ou o romance que estou a ler me deixe indiferente; mas esta minha má forma de ler ofende-me, antes de mais nada, a mim próprio. Consumo o meu tempo em qualquer coisa sem valor, aplico a minha faculdade visual e a minha atenção em objectos que não me importam nada e que penso, de antemão, acabar por esquecer, canso o meu cérebro com impressões que não me servem para nada e que eu não consigo, sequer, assimilar”.
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