segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Confiança de Hernán Díaz

 Confiança de Hernán Díaz



Uma total mudança de cenário, de escrita e de ambiente em relação ao romance anterior. 

Quase todos preferimos acreditar que somos os sujeitos ativos das nossas vitórias mas apenas os objetos passivos das nossas derrotas. Nós triunfamos, mas não somos de facto nós que falhamos — somos vencidos por forças que escapam ao nosso controlo.

Vencedor do Prémio Kirkus 2022 | Selecionado para o Prémio Booker 2022 | Um dos 10 livros do ano para The New York Times

Intrincado, engenhoso e consistentemente surpreendente… Díaz tem todo o passado literário nas pontas dos dedos.

The New York Times


Existe uma inteligência deslumbrante por detrás deste romance que nos desafia a repensar tudo o que sabemos acerca das instituições sobre as quais estão construídas as nossas nações e as narrativas pelas quais as histórias são contadas. Astuto, sofisticado e insistentemente em questionamento, Díaz escreve com segurança, determinado a roubar-nos de todas as certezas.

Do relatório do Prémio Booker


Uma interessante recensão crítica em https://americanliteraryreview.com/2022/11/10/review-trust-by-hernan-diaz/

E outra aqui: https://www.npr.org/2022/05/12/1098478246/herman-diaz-trust-novel-review 



terça-feira, 5 de novembro de 2024

O Pacto da Água de Abraham Verghese

 O Pacto da Água de Abraham Verghese


Comecemos pelas ilustrações de cada uma das 10 partes do romance publicado em 2019. Podem vê-las todas em https://www.abrahamverghese.org/the-covenant-of-water/#illustrations:


Uma primeira entrevista com o autor aqui.

Para quem se interessar por biografias de autores, tem aqui uma em inglês. E uma foto do autor:

 




terça-feira, 8 de outubro de 2024

Dom Casmurro de Machado de Assis

 Começamos as atividades do ano letivo 2024-25 com uma obra que tinha sido selecionada para o ano letivo passado: Dom Casmurro de Machado de Assis.


Publicado pela primeira vez em em 1899 pela Livraria Garnier.

Esta é presumivelmente a autobiografia de Bento de Albuquerque Santiago, que morava na rua de Matacavalos (Rio de Janeiro), com sua mãe viúva dona Glória, a prima Justina, o tio Cosme e o agregado José Dias. Na casa ao lado, vivia Capitolina (Capitu), filha de Pádua e Fortunata. 
Resumo:
Dom Casmurro conta a história de Bento Santiago (Bentinho), apelidado de Dom Casmurro por ser calado e introvertido. Em adolescente apaixona-se por Capítu, abandonando o seminário e, com ele, os desígnios traçados por sua mãe, Dona Glória, para que se tornasse padre. Casam-se e tudo corre bem, até o amor se tornar ciúme e desconfiança. É esta a grande questão que magistralmente Dom Casmurro expõe ao longo de 148 capítulos: a dúvida que paira ao longo de toda a obra sobre a possibilidade de traição de Capítu, agravada pela extraordinária semelhança do filho de ambos, Ezequiel, com o grande amigo de Bentinho, Escobar.

Dom Casmurro é, provavelmente, um dos mais importantes livros da literatura em língua portuguesa, e um dos mais traduzidos em todo o mundo

Machado de Assis é filho de pai mulato carioca e mãe açoriana. O escritor brasileiro nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Autodidata e ambicioso, tornou-se um clássico da língua portuguesa. Os primeiros poemas foram publicados na imprensa, seguindo-se-lhes crónicas, contos, romances e ensaios críticos. O seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, foi publicado em 1864 e o seu primeiro romance, Ressurreição, em 1872. Iniciando a sua atividade literária em pleno Romantismo, tornou-se o autor mais importante da nova estética do Realismo e foi ainda contemporâneo do Parnasianismo e do Simbolismo. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) corresponde à fase do Realismo psicológico, em que o autor vai mostrar a ambiguidade fundamental do ser humano, a incapacidade humana de conhecimento do real, substituindo-o, assim, por uma mistificação. Esta demonstração é muito mais subtil do que a análise dos meros mecanismos hereditários e sociais próprios do Naturalismo. Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacob (1904) e Memorial de Aires (1908), são as obras-primas deste período. Por elas perpassa uma trágica ironia a par com uma visão sem ilusões da sociedade urbana carioca.

https://www.wook.pt/livro/dom-casmurro-machado-de-assis/1461190?srsltid=AfmBOopE5R_Gg1h7ZZcQ4E5kNpPGqvkRDS0bE8VxmP0sndgRy23utKkT


A grande questão a explorar durante a leitura:

Por que razão Bentinho, protagonista do romance realista Dom Casmurro, de Machado de Assis, não conseguiu “atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”?

segunda-feira, 13 de maio de 2024

O Quarto de Jacob de Virginia Woolf

 O Quarto de Jacob de Virginia Woolf



A história de Jacob Flanders começa quando, ainda rapazinho, o encontramos a brincar na praia. Já adulto, seguimo-lo em Cambridge, conversando sobre filosofia e literatura com os amigos. Vimo-lo depois a participar numa festa em Londres e a ler Marlowe no Museu Britânico.

Apercebemo-nos da sua presença da mesma forma que ele se apercebe da imagem de Florinda de braço dado com outro homem. A sua imagem surge-nos então em Atenas, visitando a Acrópole, na companhia de uma mulher muito bela, Jacob tem 26 anos e está-se na véspera da primeira guerra mundial.

O quarto de Jacob é a obra que marca o início da fama e maturidade de Virginia Woolf. (https://www.wook.pt/livro/o-quarto-de-jacob-virginia-woolf/67515)


Data do romance: 1922

Inovação narrativa: corrente de consciência (um novo realismo que não se baseia apenas na descrição ou mundo das aparências; pontos de vista alternados

Sobre Jacob ou sobre como as outras personagens vêem Jacob? sobre a sua reputação?


terça-feira, 9 de abril de 2024

A Morte e o Pinguim de Andrei Kurkov

 A Morte e o Pinguim, de Andrei Kurkov


Uma notícia em The Guardian sobre o autor e outra sobre o livro. a simplicidade de uma narrativa infantil sobre a corrupção política da Ucrânia e a mafia.

terça-feira, 19 de março de 2024

Os Anos, de Annie Ernaux

 Os Anos, de Annie Ernaux



Uma primeira abordagem à autora e ao livro. 

A ideia de Annie Ernaux era escrever uma autobiografia impessoal para que seus anos não desaparecessem...

Para quem tem acesso ao jornal Expresso, leia aqui. "É como se as recordações individuais emitissem “sinais específicos” que as ligam aos “marcadores de época” e à experiência colectiva. Como se fôssemos, mas não possuíssemos, a nossa circunstância. Isso explica, aliás, a epígrafe de Ortega y Gasset: “A única história que temos é a nossa, e ela não nos pertence.”


domingo, 18 de fevereiro de 2024

A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera

 A Insustentável Leveza do Ser
por Milan Kundera