Stoner, de John Williams
Transitamos de 2022 para 2023 a ler Stoner, esse romance "perdido" tão aclamado pelos críticos.
Há quem lhe chame elogiosamente o livro do vazio e da falha: https://www.dn.pt/opiniao/o-livro-do-vazio-e-da-falha-14010207.html e outros, um romance perfeito.
Fica ainda este comentário: https://livroecafe.com/2015/03/stoner-john-williams/
Para quem estiver interessado, um pdf do livro aqui. https://masculinistaopressoroficial.files.wordpress.com/2018/06/stoner-john-williams.pdf
John Williams diz de Stoner numa rara entrevista, em 1985 (posfácio de John McGahern):
Penso que ele é um verdadeiro herói. Muitas pessoas que leram o romance acham que Stoner levou uma vida muito triste e má. Eu julgo que ele teve uma vida ótima. Teve, certamente, uma vida melhor do que a maior parte das pessoas. Fez o que gostava de fazer, tinha uma certa noção do que fazia e da importância do seu trabalho. Foi testemunha de valores que são importantes. […] O mais importante no livro, para mim, é a noção que Stoner tem do que é um emprego. Lecionar é para ele um emprego, um emprego no sentido melhor e mais honrado do termo. O emprego deu-lhe um tipo especial de identidade e fez dele quem ele era. […] É o amor pela coisa que é essencial. E quando amamos uma coisa, compreendemo-la. E se a compreendemos, aprendemos muito. É a falta desse amor o que define um mau professor. […] Nunca sabemos quais serão todas as consequências do que fazemos. Creio que tudo se resume ao que tentei exprimir em Stoner. Temos de manter a fé. O mais importante é manter a tradição, porque a tradição é civilização.
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